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sexta-feira, 25 de março de 2011

O galhofeiro


Às vésperas de completar 70 anos de idade, Roberto Requião resolveu ter uns minutos de autoentusiasmo. Eis a frase redigida pelo septuagenário no twitter: “O Senado me empolga, mas se for pela minha Curitiba e para resgatar o nosso PMDB, convocado, disputo a prefeitura.” Parece piada de circo; uma palhaçada - com o devido respeito aos palhaços. O senador em fim de carreira é ciente de que não possui qualquer condição eleitoral de chegar à vitória na capital, a começar pelo vexame que foi o resultado das últimas eleições. No embate à Câmara Alta no ano passado, o ex-inquilino do Canguiri terminou em 4.º lugar, perdendo inclusive para Ricardo Barros (PP), que era um ilustre desconhecido em Curitiba. Outra: seu candidato a prefeito em 2008, o ex-reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Augusto Moreira Jr, conquistou ridículo 1,9% do eleitorado. Esse é o prestígio de Requião. É bom que ele volte à liça para receber a pá de cal definitiva de sua vida pública. Para ex-governadores idosos, o Senado é considerado o fim da linha.
Falto de seriedade
O eleitor curitibano, esclarecido como é, jamais voltaria a eleger a um incompetente comprovado como o Mello e Silva. Por conta disso, o anúncio de sua “pré-candidatura”, de tão improvável, não ocasionou nem um susto no mundo político. Ninguém mais o leva a sério.
Carência

O PMDB no Paraná, em Curitiba em particular, hoje é carente de líderes. Requião e seu Sancho Pança, Doático Santos, já não tem mais estofo para posições de destaque. Isso tanto é verdade que está em curso um movimento peemedebista para “importar” Gustavo Fruet (PSDB) à legenda. O ex-deputado é a tábua de salvação. Sem ele, o “velho MDB de guerra” passa a ser um partido nanico.
Obstáculos

Independentemente das considerações aqui feitas, é preciso que se relembre que Requião e seus irmãos, até outubro de 2012, terão que responder inúmeros inquéritos policiais e ações judiciais pelos seus maus comportamentos na movimentação do dinheiro público. O escândalo do Porto de Paranaguá, os dólares no armário, a tentativa de compra da draga, as TVs laranjas e o roubo dos móveis em Brasília terão um desfecho até o pleito, ainda que não em última instância, mas certamente com caráter condenatório contra a família.
Sobra de tempo
Só o ócio é capaz de produzir ideias tão desconexadas da realidade como essa de Requião concorrer a prefeito. A verdade incontestável é que o Roberto é carta fora do baralho.

Última

Outro assunto que merece registro é a indiferença da presidência da República com as pretensões de Orlando Pessuti em assumir uma vaga federal. Até agora, sequer houve uma convocação de assembleia para o Banco do Brasil, o que reduz as perspectivas de preenchimento de cargos de diretoria. Ontem, outro exemplo: por razões de suspeita de ilegalidades, o presidente da Conab, um órgão ligado à Agricultura, foi demitido e, imediatamente, o substituto foi nomeado. Pessutão não foi lembrado. Tá feia a coisa.
Fonte: Paraná Online

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