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sexta-feira, 25 de março de 2011

O imperador das falcatruas


O homem de confiança de Orlando Pessuti no Porto de Paranaguá, João Batista Lopes dos Santos, o João Feio, falou à imprensa sobre os escândalos que atingem a Appa. Sua declaração é didática e incriminadora no que toca a Eduardo Requião. Em entrevista ao Jornal da Massa, do SBT, Feio sustentou a tese de que o irmão do Mello e Silva teria participação direta no esquema delituoso montado dentro do terminal: “O doutor Eduardo Requião era o imperador do Porto de Paranaguá. Quem mandava era ele. Ele sabia de tudo”, disparou. Já sobre o chefe Roberto, o ex-funcionário do Porto optou pela ironia: “Ah, eu não posso dizer isso, se ele sabia ou se não sabia. Eu acho até que o Requião... não vou dizer que sabia, que não sabia porque não dá”. Dá sim, João. O ex-inquilino do Canguiri não somente tinha conhecimento do que ocorria no local como era quem regia a orquestra. Era ele o maestro. Não custa frisar que foi Requião quem nomeou Eduardo ao posto de superintendente e, mais tarde, substituiu-o por alguém de sua confiança, Daniel Lúcio de Oliveira de Souza, que está preso. Por essa razão, é impossível que o governador não soubesse dos desvios de cargas, da construção de um túnel para acobertar a corrupção e da “facilitação” para a compra da draga. O verdadeiro imperador não é o Eduardo; é o Roberto.
Falou também
A reportagem do SBT também ouviu o ex-governador Orlando Pessuti, que negou ter se beneficiado com dinheiro do esquema: “Eu quero dizer que não recebi um centavo sequer. A minha candidatura que era para acontecer e, e que seria uma boa candidatura, acabou não acontecendo. Portanto, não tive financiamento nenhum e nada recebi e sobre isso nunca conversei nem com o árabe lá de Foz de Iguaçu, que não me ocorre o nome aqui agora, nem com o Daniel”.
Draga
Sobre o “maravilhoso navio chinês”, Pessutão garantiu que nada teve a ver com o negócio: “Eu nunca participei de uma reunião sequer, nunca fui chamado pra qualquer tipo de conversação que levasse ao assunto compra da draga pelo porto de Paranaguá”.
Bonzinho?
Apesar de ser alvo diário de ataques impiedosos por parte do antecessor, Pessuti não reage com firmeza. Ontem na reportagem, quando perguntado sobre a possível omissão ou conivência de Requião com o que ocorreu no Porto de Paranaguá, ele foi tolerante: “Muitas vezes você não sabe aquilo que o seu irmão está fazendo. E muitas vezes, você sabe. Eu não quero aqui fazer qualquer afirmação de que o Requião sabia ou não sabia. Se sabia e não tomou providências, certamente que responderá por isso”. É estranha a linha do Orlando. Para se dizer o mínimo.
Última
A coluna pode até perder o amigo, mas não abre mão da piada: quem assistiu ao Jornal da Massa de ontem entendeu com perfeição as razões do apelido de João Feio. É duro... Fonte: parana-online 

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