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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O custo da reciclagem criminosa

As arquibancadas de metal custam mais para serem substituídas do que o valor que os ladrões conseguem por elas

Embora a reciclagem criminosa possa não render muito dinheiro aos ladrões, os danos que o vandalismo causa geralmente ultrapassam bastante o valor dos itens roubados. As arquibancadas roubadas que os recicladores criminosos vendem por cerca de US$ 600 custam mais de 15 vezes o valor arrecadado e também deixam vários torcedores sem lugar para sentar [fonte: Armon (em inglês)]. A platina que os ladrões conseguem pelos catalisadores chega a no máximo US$ 120, mas o dono do carro terá que pagar cerca de US$ 2 mil para substituir o catalisador [fonte: Wadsworth (em inglês)]. A reciclagem criminosa custa milhões de dólares a suas vítimas todos os anos.
No Alabama, os vândalos já chegaram a roubar US$ 35 mil em condicionadores de ar por causa dos fios de cobre.
No Arizona, a substituição de quilômetros de cabos de cobre que fornecem energia elétrica a um alcance de 3,2 km, em Tucson, custa US$ 250 mil.
Na Califórnia, fazendeiros foram atacados por ladrões que arrancaram os fios de cobre das bombas de irrigação: mais de US$ 1 milhão em metal foi roubado de apenas uma região em um ano.
Em todo os EUA, de janeiro de 2006 a março de 2007, as companhias de energia elétrica de 42 estados relataram mais de 270 roubos de cobre que custam milhões de dólares em manutenção e reparos.
[fontes: Parsons, Smith, "Scrap-Metal"].
Os crimes causam mais do que prejuízos financeiros. Pergunte aos moradores que tiveram a sala inundada depois de uma tempestade porque parte do teto da casa deles foi retirado sem que soubessem, ou às pessoas cujas vidas estiveram em perigo por falta das luzes de sinalização em uma estrada de ferro, ou às pessoas que não puderam usar o telefone ou o computador depois que ladrões levaram os fios de telefone.
Roubo de arrepiar os cabelos
Chame de carma, de azar ou de estupidez, mas vários ladrões foram vítimas da sua própria atividade criminosa quando foram eletrocutados ao tentar roubar cabos de energia elétrica. Uma busca no Google pelas palavras "roubo + metal + eletrocutado" mostra mais resultados do que deveria. Uma rede de TV da Flórida mostrou que um homem "morreu violentamente" quando foi atingido ao subir em um poste; no Arkansas, o corpo de um homem foi encontrado próximo a um cabo no chão - escada e alicates de corte ao redor. Um ladrão alemão carbonizado foi identificado somente porque uma das suas mãos foi identificada depois do choque elétrico de 10 mil volts [fonte: Sky News (em inglês)] No Brasil, esses acidentes são comuns, veja, por exemplo, um caso que aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, clicando aqui.
Prevenção à reciclagem criminosa
Se os ladrões não conseguem trocar o material roubado por dinheiro, eles param de roubar, certo? Essa é a idéia que está por trás do controle mais rígido da indústria de reciclagem. Mais de 30 estados norte-americanos adotaram leis que exigem que os recicladores de sucata anotem suas vendas, e muitas outras leis locais estabeleceram graus variados de regulamentação [fonte: AT&T]. Algumas das condições são:
usar métodos de pagamento rastreáveis para transações acima de US$ 100;
guardar cópia de documento de identidade com foto dos clientes;
guardar os materiais recicláveis por um determinado período antes de processá-los;
tirar a impressão digital.
Alguns estados têm dificuldade em colocar em prática essas regulamentações devido a fortes adversários da indústria que temem que as regras rígidas atrapalhem os negócios. Mas isso não significa que outros recicladores de sucata não estejam tentando diminuir a quantidade de vendedores inescrupulosos. O ISRI (Institute of Scrap Recycling Industries - Instituto das Indústrias de Reciclagem de Sucata) tem uma seção inteira no seu website dedicada à questão do roubo de metal, onde detalha seus esforços para minimizar essa prática. Também tem parceria com o NCPC (National Crime Prevention Council - Conselho Nacional de Prevenção do Crime) para fortalecer esses esforços.
O ISRI também criou um Sistema de Alerta de Roubo notificando os recicladores de sucata a prestar atenção em itens específicos listados como roubados e a deixar de comprar esses materiais. As vítimas informam ao ISRI dados sobre o roubo que são divulgados em uma lista de e-mail.
Além disso, o ISRI encoraja os recicladores de sucata a adotar algumas medidas de precaução para minimizar a compra de materiais roubados. Além dessas orientações sugeridas pela legislação já estabelecida, as recomendações são:
pedir identificação dos vendedores, como número da placa do carro e número da carteira de motorista;
treinar os funcionários a reconhecer e a relatar materiais suspeitos, como arquibancadas e placas de trânsito;
não aceitar itens que sejam específicos de uma determinada indústria, como tampas de bueiros, barris ou grades de proteção de estradas, a menos que o vendedor seja confirmado;
investir em câmeras de segurança.
As pessoas comuns também podem ajudar a conter o roubo de metais ao guardarem itens que provavelmente são alvos dos ladrões. Elas também podem cobrir seus aparelhos de ar condicionado, guardar o carro na garagem, prender objetos grandes de metal e guardar ferramentas em um quartinho. Muitas dessas sugestões também podem ser aplicadas para se evitar roubo de casas: instalar iluminação externa para deter os criminosos, investir em um sistema de alarme e aparar arbustos que poderiam servir de esconderijo. Colocar identificação nos itens também pode ajudar a impedir os ladrões ou, pelo menos, ajudar a identificar os itens em caso de roubo.
No Brasil,  algumas ações são tomadas também. Além do acompanhamento da polícia dos casos. Empresas como a Telefônica, de São Paulo, tomam medidas com ampliação da segurança em locais comuns de furto ou roubo e fazendo a torca de fios de cobre por de alumínio, quando é possível.
Porém, alguns ladrões simplesmente não têm medo.
Histórias estranhas sobre reciclagem criminosa
Embora a maioria dos ladrões freqüente edifícios abandonados, construções, casas e lojas velhas durante a noite, um trio de Oregon foi muito mais ousado. Disfarçados de funcionários da obra, dois homens e uma mulher conseguiram desmanchar vigas e corrimãos de uma ponte em plena luz do dia. No ano seguinte, junto com outros dois ladrões, eles roubaram um total de 3,5 toneladas de aço [fonte: Millman].
A milhares de quilômetros dali, ladrões escolheram um alvo ainda mais pesado. Na Rússia, funcionários de uma central de aquecimento tiveram que encontrar um caminho alternativo para trabalhar depois que a ponte que dava o único acesso direto à central foi roubada por ladrões de sucata durante a noite. A companhia calculou que a ponte de aço de 200 toneladas custaria cerca de US$ 40 mil para ser substituída - agora com concreto [fonte: Daily Mail (em inglês)].
Algumas histórias até parecem divertidas, mas outras, realmente são perturbadoras. Na Flórida, 907 kg de partes artificiais de corpos cremados foram desenterradas de um cemitério em Tampa Bay e vendidas por US$ 5.400 [fonte: "Proposta de lei"]. Quem sabe os ladrões não queriam próteses de aço?
Em um caso ocorrido no Reino Unido, descobriu-se que os pubs não são populares somente pela qualidade da cerveja. Os barris de cerveja também são um alvo interessante: mais de 250 mil foram roubados em 2005; 430 somente em uma noite - levados sobre cercas de arame. Um proprietário agora faz grandes marcas amarelas em seus barris alertando os comerciantes de sucata a não comprá-los [fonte: Millman]. Nos Estados Unidos, os barris de cerveja perdidos custaram US$ 50 milhões para a indústria em um ano [fonte: AT&T].
No Brasil, é comum os ladrões se disfarçarem de funcionários de empresas elétricas ou telefônicas para roubar. Em alguns casos, como de uma quadrilha presa em 2007 em Itaquaquecetuba (Grande São Paulo), há envolvimento de funcionários das empresas ou das empresas prestadoras de serviço [fonte: Agência Estado]  Se os legítimos recicladores tivessem tanto interesse em reciclar como essas pessoas, nosso planeta não teria mais nada com que se preocupar.  Fonte: pessoas.hsw.uol.com.br

DEPUTADO FABIO CAMARGO  Nota de esclarecimento Painel - CPI das Falências - Maringá

         

Deputado Fábio Camargo protocolou o pedido de investigação sobre uso indevido de sua senha para registro no Painel da Assembleia.
O deputado estadual Fábio Camargo (PTB) protocolou na última quarta-feira(23), o pedido de abertura de uma auditoria ao presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni(PSDB),  para descobrir o motivo de seu nome aparecer como presente no painel da casa na sessão desta terça-feira (22). “Quero saber se houve uso da minha senha indevidamente ou algum erro no painel. Pois é inadimissível que isso aconteça pois estou em outra cidade e a  senha é de uso pessoal e intransferível”. Camargo se encontrava em Maringá presidindo a CPI das Massas Falidas.
A CPI DAS FALÊNCIAS EM MARINGÁ TOMA SEU PRIMEIRO DEPOIMENTO
O Administrador Judicial das empresas do “Grupo Dudony”, Dismar e Marckeletro, é inquerido sobre a Recuperação Judicial da Dudony. Nesse recuperação o grupo deixou cerca de 110 milhões de reais em dívida com credores trabalhistas e de demais classes mais cerca de 250 milhões de reais com o fisco do Estado. A Dudony existe desde 1988 e seus sócios hoje declaram não ter bens ao passo que seus filhos são proprietários de outras empresas e tem bens em seu nome. Para saudar esse elevado passivo a Dudony teve aprovada pelo juiz da Primeira Vara Cível da Comarca de Maringá e chancela do Administrador Judicial o Grupo Sílvio Santos, através da empresa Baú da Felicidade (B.F. Com. de Util.) propôs pagar 17 milhões por todas as lojas do grupo (cerca de 111), sendo que desses 17 milhões já depositou em juízo apenas cerca de 600 mil reais. A empresa adquirente (Baú) envida todos os esforços para não ser responsabilizada pelo passivo fiscal, mesmo tendo comprado todos os bens da empresa, e apesar de seu envolvimento com o Grupo Sílvio Santos, patrimonialmente comprometido em razão da insolvência do Banco Panamericano, não deu garantia para o adimplemento de seus haveres. Caso o Baú não pague os credores da Dudony terão praticamente a integralidade do passivo descoberto. O caso chama a atenção dos deputados em razão do “calote” de 250 milhões que o fisco estaria levando.