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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Autoritarismo ameaça Sinclapol

As diferenças de concepção sindical entre dirigentes é uma dificuldade com a qual todas as gestões tem que lidar. O problema é quando isso extrapola os limites da democracia e do respeito à decisão dos trabalhadores. No Sindicato dos Policiais Civis (Sinclapol) as atitudes do presidente Andre Gutierrez demonstram que o autoritarismo ainda persiste no sindicalismo brasileiro, remontando à época da ditadura militar. Depois de algumas divergências e sem maiores explicações, ele resolveu destituir dois diretores eleitos legitimamente pelos cerca de 3,2 mil policiais civis do Paraná.
Eyrimar Fabiano Bortot (secretário geral) e Ezequiel de Camargo Ventura (tesoureiro), fazem parte da gestão eleita em setembro do ano passado, como oposição, e agora estão impedidos de participar de reuniões da diretoria executiva e de ter acesso a documento do Sinclapol. Defensores da mobilização nacional, da criação de coletivos, eleições diretas para delegados sindicais e reformas no estatuto, visando a democratização da entidade, nos moldes do sindicalismo cutista, eles acabaram tendo suas posições sufocadas por Gutierrez.
“A categoria carece de mobilização, debate e luta. Por isso que nós somos comprometidos com a causa da segurança pública e dos trabalhadores em geral”, diz Bortot. Juntamente com Ventura, ele não abre mão do mandato recebido pelos trabalhadores. Baseado no estatuto da entidade, no código civil e na Constituição Federal, eles estão coletando assinaturas dos policiais civis para obrigar o presidente do Sinclapol a convocar assembleia geral. O objetivo é reverter a decisão a partir de uma decisão coletiva.
Outros cinco diretores do Sinclapol também estão ameaçados. Dentre os apoios já declarados estão o de diretores do Sismuc, Sindespol (escrivãos), Sindarspen (agentes penitenciários), APP-Sindicato, Sindicato dos Vigilantes, Sindsec (servidores da secretaria de estado da criança e adolescente), Sinticom (trabalhadores dos Correios,  Sindijus (servidores do judiciário), Sismmac e CUT-PR.
 

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