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sexta-feira, 25 de março de 2011

As artimanhas de Requião

Roberto Requião tem o costume de, sempre que acuado, a repassar a terceiros a responsabilidade por atos de malandragem ou delituosos. E é assim que ele age neste momento no que toca ao Porto de Paranaguá. O ex-governador já reconheceu a existência de corrupção na Appa, mas tenta isentar de culpa o seu irmão e, consequentemente, a si próprio. Porém, se as acusações subirem ao nível de afogá-lo, o senador eleito não terá dúvidas em jogar o mano Eduardo na correnteza. Vale a máxima: se a boia não der para os dois, o Vovó Naná será largado ao furor das águas. E que se vire. Requião é egoísta, mas dessa vez são tantas as provas de sua participação nos crimes que acabará engolfado pela onda das investigações. Sua credibilidade esvaiu-se. Suas mentiras são tão deslavadas que já não convencem ninguém. A impostação de sua voz de nada adianta. Ontem, querendo tirar a bunda da seringa, ele saiu-se com essa: "Transformei uma sucata no melhor Porto do Brasil. Se desvio houve, cadeia para os responsáveis". Agora a verdade: foi o Mello e Silva quem sucateou o terminal e chefiou os atos ilícitos lá praticados. O ex-inquilino do Canguiri não apenas tinha conhecimento da mutretagem do desvio de cargas como ostensivamente comandou a compra da draga, irritando-se quando contestado por argumentos contrários e irrespondíveis. Ele nunca escondeu a sua parcialidade e preferência. Todavia, há uma parte de sua frase que deve ser levada em conta. Quando prega "cadeia" aos envolvidos, está fazendo uma previsão para o seu próprio destino.
Modo de ação
Requião sempre procedeu em episódios pretéritos neste estilo. Quando levantava-se qualquer suspeita sobre desvios de conduta, ele encontrava um sujeito para despejar a culpa. Nos atos duvidosos ocorridos na Copel, por exemplo, ele dizia aos amigos que a responsabilidade era de seu aliado Gilberto Griebler, a quem apelidou de "gatão". A respeito do gracejo, Roberto explicava com um sorriso de Gioconda: "é porque ele é muito elegante". Airton Pisseti e Luiz Cláudio Romanelli também têm histórias desse gênero a contar.
Mais!
De outro lado, houve aqueles bons companheiros que foram chutados da administração por buscarem o caminho da moralidade. Leopoldo Campos, no porto, Francisco Alpendre, na ParanaPrevidência, Botto de Lacerda e Jozélia Nogueira, na Procuradoria, entre outros.
Farsante
Se Requião fosse autor de peças teatrais, o gênero em que ele se daria muito bem seria a farsa. Explicando melhor: haveria a baixa comédia, um ato ridículo, marcados pelo embuste, pelo logro e pela pantomima. O exemplo constante do dicionário Aurélio é perfeito: "Aquela choradeira foi uma farsa; estava contentíssimo".
E o Eduardo?
O homem ainda não apareceu. Está sumido. Logo a polícia vai encontrá-lo. Fonte: parana-online

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