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sexta-feira, 25 de março de 2011

A quadrilha de Requião

    

 
O agrupamento criminoso organizado no Porto de Paranaguá foi efetivamente chefiado pelo ex-governador Roberto Requião

O irmão Eduardo, o ex-secretário Luis Mussi e o ex-superintendente, Daniel Lúcio de Oliveira de Souza, cumpriam à risca as suas ordens na Appa. O exemplo da draga é a prova provada: sempre que se pronunciou a respeito da compra do "maravilhoso navio chinês", o Mello e Silva defendeu o negócio de forma intransigente. A contundência de seus argumentos, embora falsos, irritava, tantos eram os indícios da prática delituosa na aquisição do equipamento. Além disso, outro incidente evidencia a participação do senador eleito nos escândalos. Em setembro de 2007, o então funcionário do porto, Leopoldo Campos, entregou-lhe um dossiê com todas as ilegalidades e fraudes que ocorriam no órgão. Pois Requião, em vez de mandar apurar, menosprezou os documentos e demitiu o denunciante. Sua parcialidade era indiscutível. Quanto ao irmão, repetitivamente, referia-se a ele como um gestor honesto e eficiente, o "melhor administrador de portos do País". Por isso, é impossível que ele não tivesse conhecimento da roubalheira de cargas, do método adotado para a pesagem manipulada na balança, da construção de um túnel para acobertar as reuniões com clientes, de todo o mecanismo existente a fim de que a maracutaia da compra da draga se concretizasse e da guarda de dólares no armário do irmão em Curitiba. Fernandinho Beira-Mar e Marcola morreriam de inveja da estrutura e do planejamento elaborados por Requião.
Sem volta
As circunstâncias que movimentaram a investigação da Polícia Federal apontam para a atuação criminosa do ex-governador. Requião era o cabeça do esquema e os demais envolvidos os seus fieis executores. Pela frente, virá uma enxurrada de novos escândalos. Quanto mais profunda for a apuração feita pela equipe de Beto Richa, pior será o cheiro.
Cinismo
Roberto Requião foge da imprensa desde que a operação Dallas foi noticiada. Sua comunicação restringe-se ao Twitter. Veja o que ele disse: "O setor privado impede o porto de comprar a draga. Os desvios de soja foram denunciados pelo Eduardo. Continuamos na luta".
Tudo mentira
Em primeiro lugar, quem suspendeu a compra foi a Justiça, por suspeita de fraude na licitação. No episódio do desvio da soja, Eduardo não é o denunciante e sim um dos denunciados, tanto que sua residência foi alvo de um mandado de busca e apreensão por ordem judicial. Já quanto à sua luta pelo porto, os fatos falam por si: além dos delitos, a ineficiência administrativa levou o Paraná a perder terreno para os terminais de Santa Catarina.
Última
Por final, onde está o Eduardo? É bom que ele escolha um excelente advogado e se apresente às autoridades. Fonte: parana-online

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