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domingo, 27 de março de 2011

Investigação apura elo entre morte de policial em Campinas e esquema de fraudes

                              
A Corregedoria da Polícia Civil de Campinas (93 km de SP) investiga se há relação entre a morte de um agente da polícia federal da cidade, no domingo passado, e as investigações sobre um esquema de fraudes em contratos de licitações apurado pelo Ministério Público do Estado de SP.

O agente da Polícia Federal de Campinas Richard Fragnani de Moraes, 40, foi encontrado morto com um tiro na cabeça. O boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil como suicídio.

Ele era investigado como suspeito do vazamento de informações sobre as fraudes e também de envolvimento no furto de um computador de dentro do Ministério Público, em setembro.

O computador furtado continha informações sigilosas sobre as fraudes em licitações públicas.

O próprio policial havia auxiliado os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), núcleo de Campinas, e a Corregedoria da Polícia Civil nas investigações sobre as fraudes em licitações públicas denunciadas em setembro passado.

O agente foi encontrado morto com um tiro na cabeça e estava com sua arma. Um laudo pericial da arma ainda não foi concluído. Ele trabalhava na Polícia Federal de Campinas havia pelo dez anos, era separado e morava sozinho.

O agente foi encontrado caído fora de seu veículo em uma estrada de terra do bairro Santa Genebra, na periferia de Campinas.

O delegado corregedor da Polícia Civil de Campinas, Roveraldo Battaglini, disse que todas as informações colhidas pela perícia no local da morte indicam "possível situação de suicídio", mas a hipótese de homicídio não está descartada. A Polícia Federal informou que acompanha as investigações.

Peritos do Instituto de Criminalística já recolheram pendrives e computadores da casa do policial. A corregedoria também tenta reconstituir um bilhete em papel deixado por ele, mas que estava picado.

Dois dias antes de ser encontrado morto, o agente havia prestado depoimento à Corregedoria da Polícia Civil no inquérito que apura o roubo do computador do Ministério Público.

EXTORSÕES

Em outra linha de investigação, a Corregedoria e o Gaeco investigam também a prática de extorsão contra prefeituras que aparecem como suspeitas de envolvimento nas fraudes em licitações.

A suposta organização criminosa investigada por fraudes pelo Gaeco e Corregedoria da Polícia Civil agia em três Estados (São Paulo, Minas Gerais e Tocantins) e em pelo menos onze cidades do interior de São Paulo.

Oito pessoas suspeitas foram presas em setembro, mas hoje todas respondem em liberdade. A suposta organização já fraudou pelo menos R$ 615 milhões, segundo as investigações.

Seis empresas, em nomes de laranjas, venciam licitações em diversos órgãos públicos e autarquias, segundo os promotores.

O governador do Tocantins, Carlos Gaguim (PMDB), aparece nas escutas telefônicas, conversando com integrantes da suposta organização. Ele negou envolvimento com o esquema de fraudes.

SANASA

As investigações de fraudes em licitações, segundo os promotores, começaram pela Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A) --empresa de economia mista, cujo acionista majoritário é a Prefeitura de Campinas.

Os contratos da Sanasa são investigados também pela CPI das Licitações, da Câmara Municipal, e somam cerca de R$ 140 milhões nas áreas de vigilância, segurança e de leitura e corte de água. Também são apurados aditamentos feitos nos contratos.

A Sanasa e a prefeitura apresentaram auditorias internas e negaram irregularidades nos contratos.

Também foram flagradas nas escutas telefônicas conversas entre membros da suposta organização e funcionários e secretários das cidades de Indaiatuba (SP) e Hortolândia (SP), ambas na região de Campinas. Fonte: Folha.com

Um comentário:

  1. LEIS MAIS DURA, ATE QUANDO VAI MORRER POLICIAL EM SERVIÇO DEFENDENDO O ESTADO!!!

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